Desde o último dia 12, cem escolas da rede estadual da capital de São Paulo deram início a um projeto para discutir o antissemitismo — a discriminação e preconceito contra judeus — e os impactos das manifestações de ódio na sociedade.
Destinado a estudantes do Ensino Médio (1ª a 3ª série), a iniciativa é uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e a StandWithUs Brasil, instituição educacional sem fins lucrativos dedicada ao ensino de pessoas de todas as idades sobre Israel e o Oriente Médio, além do combate ao extremismo.
Ao longo deste segundo semestre, estão agendados dez encontros entre professores capacitados pelo projeto e alunos. Juntos, eles terão pela frente quatro tarefas obrigatórias.
A primeira é a produção de uma redação em formato Enem sobre casos de antissemitismo e apologia ao nazismo no Brasil atual. Já a segunda é a produção de uma poesia sobre os traumas deixados pelo Holocausto. A terceira consiste em uma simulação no modelo ONU, buscando a resolução do conflito entre Israel e Palestina. Por fim, a quarta etapa é a produção de uma carta, endereçada aos judeus e aos palestinos, sobre a paz no conflito israelo-palestino.
O local escolhido para essas reuniões são as salas de leitura, espaços equipados nas escolas estaduais com livros, jornais, revistas e conteúdo audiovisual.
As atividades propostas pela parceria foram planejadas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Após o piloto nas primeiras cem escolas, a expectativa da Seduc-SP é ampliar e promover a extensão do projeto para que todas as escolas da rede paulista possam compartilhar dessa experiência.
“Nossa proposta é levar para o aluno informação antes do preconceito. Para justamente quando se deparar com estes temas e símbolos, que fazem parte da internet e do cotidiano desses jovens, eles tenham a informação daquilo que aconteceu. É um conteúdo sobre a perseguição de todas as minorias, não somente os judeus”, observa Hana Nusbaum, coordenadora do Centro de Educação e Memória do Holocausto da StandWithUs Brasil.
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