Considerada a maior exposição do hemisfério sul, a Bienal de São Paulo realizada a cada dois anos, promete ser poética, enigmática e performativa.
A 35ª Bienal de São Paulo, intitulada “Coreografias do Impossível”, contará com 121 expositores para esta edição, idealizada pelos curadores Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel que trabalham de forma coletiva, propondo para este ano um evento mais poético, enigmático e performativo, abraçando a ideia de movimento e repelindo o tempo linear.
Esta será uma Bienal sem divisão por temas e sem cronologia. O tema escolhido pela Bienal pretende fazer com que o público se mova entre as obras, atravessando os limites e os contornos do prédio e escapando das impossibilidades do mundo.
Embora não tenha a intenção de ser explicada, coletividade e pluralidade são termos que podem ajudar a definir a exposição deste ano. Isso começa pela curadoria. São quatro pessoas com padrões, trajetórias, formas de fazer e que falam de posições distintas e que se unem para trabalhar conjuntamente. Nessa equipe, pela primeira vez, não há um curador-chefe. E tampouco tem uma direção pré-determinada. O que se tem é um projeto que se vai construindo.
Esses dois termos coletividade e pluralidade também foram valorizados para a escolha dos artistas selecionados e que vem sendo chamados pelos curadores de “coreógrafos do impossível”.
Na lista desses artistas estão vozes da diáspora e dos povos originários, como o coletivo Mahku, grupo de etnia huni kuin e que este ano esteve presente em uma exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp).
A matéria-prima do coletivo Mahku são as mirações que eles vivem e visualizam nos rituais de ayahuasca, chamados de nixi pae. Os trabalhos apresentam figuras bidimensionais, com cores vivas e intensas, e as histórias são compostas a partir dessas experiências nos rituais.
Para realçar a ideia de movimento e de bailado contra as impossibilidades do mundo, o projeto arquitetônico e expográfico dessa Bienal, a equipe de arquitetura, Vão, lidera a proposta inovadora do Pavilhão Ciccillo Matarazzo para a 35ª Bienal de São Paulo. O objetivo dos arquitetos desafia as convenções modernistas do prédio, buscando uma nova interação entre obras e visitantes, e pela primeira vez, o vão central do Pavilhão será fechado, proporcionando uma perspectiva inédita.
Os participantes desafiam o impossível em suas expressões artísticas, vindos de diferentes contextos, diásporas e povos originários, promovendo um diálogo global. A Bienal abraça o conceito de impossibilidade como um elo entre movimento político e expressão artística.
O evento marca um legado histórico, transcendendo barreiras e possibilitando diálogos sobre questões urgentes e inspirando as futuras gerações.
Neste ano, a Bienal também está propondo outras formas de diálogos com o público visitante. Com isso, além do espaço expositivo, o evento vai promover uma programação com mesas, performances e ativações de obras que vai ocorrer durante todo o evento.
Um passeio cultural imersivo e imperdível, vale a pena conferir!
Quando: De 6 de Setembro á 10 de Dezembro – De Terça á Domingo
Terça, quarta, sexta, domingo e feriado, das 10h às 19h (Entrada até 18h30)
Quinta e sábado, das 10h às 21h (Entrada até 20h30)
Quanto: Grátis
Onde: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Av. Pedro Álvares Cabral, S/N – Parque Ibirapuera / SP
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Considerada a maior exposição do hemisfério sul, a Bienal de São Paulo realizada a cada dois anos, promete ser poética, enigmática e performativa. A 35ª Bienal de São Paulo, intitulada “Coreografias do Impossível”, contará com 121 expositores para esta edição, idealizada pelos curadores Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel que trabalham de forma coletiva, propondo para este ano
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