Vamos fortalecer o empreendedorismo feminino?

Por Elsa Oliveira

As mulheres vêm lutando há anos por igualdade social e por mais espaço no mercado de trabalho. Mas, apesar dos grandes avanços e conquistas, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. Essa luta, entretanto, tem um importante aliado: o empreendedorismo feminino.

O Brasil está entre os dez países com o maior número de mulheres empreendedoras, ocupando o sétimo lugar no mundo, segundo dados do Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM). De acordo com um estudo realizado pela vhsys, empresa de tecnologia que desenvolve sistema de gestão empresarial descomplicado para micro e pequenas empresas, realizada no início de 2022, com 822 pessoas, 39,9% disseram que atuam em empresas que têm mulheres como proprietárias delas.

Os dados batem com o da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, que mostra que cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil e que, em 2018, elas já eram 34% dos “donos de negócio”.

Mais do que nunca, precisamos incentivar as mulheres a empreender. Em primeiro lugar, porque somos a maioria da população brasileira, com 54% de mulheres, e nesse sentido, se cada vez mais o empreendedorismo feminino tiver sucesso, mais a economia cresce, maior a geração de empregos e melhor a transformação social pela qual as gerações passarão. Quando mulheres alcançam a autonomia financeira, não precisam mais se submeter a relacionamentos abusivos e violentos, pois não dependem mais de terceiros para se sustentar.

Além disso, as lideranças femininas têm também grande potencial transformador dentro das empresas, diversificando os pontos de vista na tomada de decisões e dando mais visibilidade para questões de gênero. Isso ocorre tanto no cotidiano com os colegas de equipe quanto na relação cliente/prestador de serviço.

Da mesma forma, empresárias empoderadas podem influenciar e inspirar outras mulheres, compartilhando suas histórias e ajudando-as a superar os obstáculos e desafios.

E então a gente se pergunta: o que o poder público pode fazer para ajudar a alavancar o empreendedorismo feminino?

O poder público pode ajudar de muitas maneiras, ofertando cursos, promovendo debates e criando incentivos fiscais, por exemplo, o que impactaria diretamente e positivamente os negócios geridos por mulheres em Osasco. Mas pode ajudar de outras formas também, criando condições pra que essas mulheres trabalhem, dando, por exemplo, tranquilidade com a vaga na creche e saúde de qualidade tanto para a mulher quanto para seus filhos.

Nesses 2 anos de mandato em que estou vereadora tomei algumas iniciativas que podem ajudar as mulheres e se desenvolverem social e financeiramente. A mais recente indica ao Executivo o estudo para viabilizar a isenção de 100% do ISS durante os 2 primeiros anos de funcionamento de empresas fundadas por mulheres. Outras iniciativas ligadas diretamente à promoção do empreendedorismo, sugerem a CRIAÇÃO DA FEIRA DA MULHER EMPREENDEDORA (Indicação 1216/2022) e a CRIAÇÃO DE CURSOS NA ÁREA DE TÉCNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA MULHERES NA SECRETARIA DE INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO (Indicação 1017/2022). Acho que vale citar ainda o PL 79/21, que DISPÕE SOBRE O PROVIMENTO MÍNIMO OBRIGATÓRIO DE CARGOS DE CONFIANÇA POR MULHERES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA DE OSASCO.

Estamos no mês em que se comemora o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Por isso reforço aqui meu esforço para alavancar essa questão entre as mulheres da nossa cidade.Vamos, juntas, mostrar pra todo mundo que lugar de mulher é onde ela quiser!

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