Jéssica Monteiro, psicóloga do setor de Psiquiatria. Essas atividades foram realizadas em três períodos com objetivo de atender todos os colaboradores, que receberam lembrancinhas e escreveram bilhetes com mensagens de coragem.
Já na sexta-feira, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo, realizou uma palestra acerca de saúde mental em tempos de pandemia. Após breve histórico sobre a campanha do Setembro Amarelo, Geraldo também enfatizou a importância de entender o suicídio como uma emergência médica.
“No caso de um suicida em potencial, são apenas alguns segundos para salvar essa vida. Aliás, existem duas situações determinantes para internação: quando há risco de vida para a própria pessoa ou para outras pessoas. Então, por que não enquadrar a doença mental nessas condições? Doença mental é doença, não é frescura! Quando menosprezamos essas situações é como se tirássemos os óculos de um míope e simplesmente mandássemos ele enxergar”, esclarece o psiquiatra. O evento contou com a participação de autoridades municipais, como o vereador Hélio Júnior e o secretário municipal de saúde, Dionísio Filho.
O objetivo da programação voltada para profissionais de saúde vai de encontro a alguns estudos recentes que comprovam que uma das melhores formas de prevenção ao suicídio é por meio da educação de médicos generalistas, visto que de modo geral, os atendimentos emergenciais não são realizados por psiquiatras. “Diferente de situações com câncer ou infarto, todo mundo quer falar sobre temas psicológicos ou psiquiátricos, mesmo sem entendimento. É preciso ajudar o paciente, mas é necessário saber como fazer isso”, comentou Antônio Geraldo, que aproveitou para explicar que esses encontros são essenciais para combater o suicídio no mundo, que é a segunda maior causa de morte entre pessoas com 15 e 34 anos, pois gera conhecimento e possibilita um acolhimento mais assertivo.